30 junho 2006

1000 visitas!


Ao/à visitante nº1000 será oferecido um montão de Nutella! :)
Com uma condição... para comer na minha companhia! hihihih
Espero que continuem a visitar este meu "bloguinho", onde vou colocando coisas do dia a dia que me tocam de certa maneira.
E vão continuando a dar sugestões... são sempre bem-vindas!

Do Cântico dos Cânticos


Viens ma toute belle, viens dans mon jardin.
L'hiver s'en est allé et les vignes en fleurs
exhalent leur parfum, viens dans mon jardin.

28 junho 2006

Toca a cantar e dançar!!!

CHOPP ARERÊ by Portugal Eléctrico
Juanes, Ivete Sangalo e Jota Quest


22 de Julho - Pavilhão Atlântico
– Parque do Tejo - Parque das Nações (Lisboa)

Plateia em pé - 25€
Tribuna - 35€


Eu vou :) tira o pé do chããããooooo :)))

27 junho 2006

Não à morte lenta!



Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,quem não ouve música,
quem destrói o seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"
a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!

Pablo Neruda

Meia perdida...depois de ter voltado das férias! :(



  1. Ontem estava morta de sono e cansada depois de ter utilizado todas as minhas energias nas férias.
  2. Aterrei em Lisboa e fui directamente trabalhar.
  3. As férias foram tão repousantes que apagou-se-me da mente a password das minhas duas contas de email... o que significa que estou incontactável e nem tenho messenger
  4. Descobri que não tinha chave para entrar em casa... mas esta resolveu-se!
  5. Hoje, ia apanhar o metro às 8h (que para mim é de madrugada) para adiantar trabalho... e descobri que havia greve. Voltei para casa e só vou trabalhar às 11h (final da greve)

Mas o que interessa é que as férias foram lindas e que estou muito feliz!!! :) Vivaaaaaaaaaaaa

Quem quiser para me contactar pode mandar emails para milvidas@gmail.com . Os posts irão directamente para o meu email que não consigo aceder.

14 junho 2006

Turquia - Lá vou eu :)



Istanbul - Adana - Antioquia - Tarso - Capadócia - Konia - Pamukale - Efeso - Kusadasi - Izmir

Até ao meu regresso :)

13 junho 2006

Feira do Livro - Lisboa



A calçada do Parque Eduardo VII, voltou a receber a Feira do Livro. Hoje é o último dia.

Estas foram as minhas aquisições deste ano... algumas verdadeiras "pechinchas"! Agora o dilema, tantos livros mais os das prateleiras que nem sei por onde começar :)

  1. Casa Rossa - Francesca Marciano - Ed. Dom Quixote
  2. Budapeste - Chico Buarque - Ed. Dom Quixote
  3. África Minha - Karen Blixen - Ed. Relógio d'Água
  4. Eu tenho um sonho - Autobiografia de Martin Luther King - Ed. Bizâncio
  5. Maria Madalena - A discípula amada - Esther de Boer -Ed. Paulus
  6. À procura de Sana - Richard Zimler - Ed. Gótica
  7. Meia-Noite ou o princípio do mundo - Richard Zimler - Ed. Gótica
  8. Tóquio: Vôo cancelado - Rana Dasgupta - Ed. Bizâncio
  9. Oração: frescura de uma fonte - Irmão Roger de Taize e Madre Teresa de Calcutá - Ed. Paulus
  10. Os gritos do coro - Nem silêncio, nem demissão - Monsenhor Jacques Gaillot - Ed. Campo Letras

    E vocês visitaram e Feira? O que compraram? Eu... bem... que consumistaaaaaaaaa! Eu sei Sofia... eu devia começar a ir à biblioteca :)


12 junho 2006

Por falar de Angola...


Velha Chica

Antigamente a velha chica
vendia cola e gengibre
e lá pela tarde ela lavava a roupa
do patrão importante;
e nós os miúdos lá da escola
perguntávamos à vóvó Chica
qual era a razão daquela pobreza,
daquele nosso sofrimento.
Xé menino, não fala política,
não fala política, não fala política.

Mas a velha Chica embrulhada nos pensamentos,
ela sabia, mas não dizia a razão daquele sofrimento.
Xé menino, não fala política,
não fala política, não fala política.
E o tempo passou e a velha Chica,
só mais velha ficou.
Ela somente fez uma kubata com teto de zinco, com teto de zinco.
Xé menino, não fala política, não fala política.

Mas quem vê agora
o rosto daquela senhora, daquela senhora,
só vê as rugas do sofrimento, do sofrimento, do sofrimento!
E ela agora só diz:"- Xé menino, quando eu morrer, quero ver Angola viver em paz!
Xé menino, quando morrer, quero ver Angola e o Mundo em paz!"

canta Dulce Pontes com Waldemar Bastos

O Primeiro Canto - Dulce Pontes

«No princípio havia os quatro elementos. No princípio, Dulce Pontes imaginou um disco onde a água, a terra, o fogo e o ar representassem uma unidade, a harmonia de todas as coisas, o regresso ao essencial, àquilo que faz sentido: Por isso lhe chamou "O primeiro Canto". Neste disco, Dulce Pontes, mostra, uma vez mais, que o Fado é apenas uma das suas referências mas está longe de ser o único espaço disponível para a sua fantástica voz.
O disco parte de uma miniciosa descida às fontes da música popular portuguesa, com um exaustivo trabalho de recolha de sons, vozes e instrumentos - desde o som dos passos na dança tradicional do Fandango até aos coros dos cantares rurais do Alentejo, a região mais pobre e esquecida de Portugal. Neste fantástica viagem, quase antropológica às "fontes do som", Dulce Pontes e a sua equipe de produção reinventaram, redescrobiram, reconstruíram instrumentos musicais em desuso e tão diversos como a Moraharpa, o Tambor oceano, a Sweedish bag pipe ou a Valilha de Madagáscar.
A ideia de Dulce foi fazer um disco "limpo", puramente acústico, sem sintetizador nem guitarras eléctricas em que a sua voz servisse como o fio que une influências cuturais tão diferentes, demonstrando que, na sua nudez inicial a música é uma linguagem própria e universal e a voz é apenas mais um instrumento ao serviço dessa unidade.
Na escrita e na selecção dos temas do álbum, vamos também encontrar os sinais da sua atenção ao mundo dos homens que a rodeia, quer seja nos temas que reproduzem os cantares dos trabalhadores do campo ou no pranto da velha angolana por um país devastado pela guerra, nessa magnífico duo com Waldemar Bastos ("Velha Chica").
Este é segundo ela "o meu disco mais delicado". Aquele em que a voz é um instrumento aos serviço de uma sensibilidade da "vontade de comunicar" - o que é afinal, o essencial daquilo que a move.
Põe-se o "primeiro Canto" a tocar e a voz de Dulce Pontes enche imediatamente a sala e toma conta de todo o ambiente. Se experimentarmos afastarmo-nos e vaguearmos pela casa sentiremos que a sua voz nos segue, envolvente, densa, intensa. Como fogo e terra, ar e água, tudo reunido, como no princípio de todas as coisas.
Miguel de Sousa Tavares

Que mais posso dizer? Aconselho vivamente :)))

11 junho 2006

Os direitos inalienáveis do Leitor

Os Direitos Inalienáveis do Leitor:

1. O direito de não ler.
2. O direito de saltar páginas.
3. O direito de não acabar um livro.
4. O direito de reler.
5. O direito de ler não importa o quê.
6. O direito de amar os "heróis" dos romances.
7. O direito de ler não importa onde.
8. O direito de saltar de livro em livro
9. O direito de ler em voz alta.
10. O direito de não falar do que se leu.

Daniel Pennac, Como um romance, Asa

10 junho 2006

Concurso de Fotografia


Lonely Planet - June Photo Competition

The theme of the June photo competition is Africa or Asia. Yep, it’s pretty broad - note that Asia includes the Middle East! We’re looking for photographs that say something about a country in one of those continents. Your pic can be of people, wildlife, landscapes, architecture, whatever, but if you want to be in with a chance to win it’s got to be a striking and unusual shot. Your photo must be accompanied by a brief paragraph (50-100 words) telling the story behind the image.

The prize is a copy of The Cities Book and a free guidebook of your choice for the winner and a free guidebook of your choice for the 24 runners up. Plus, for every entrant there’s the possibility of having your photograph commissioned for publication in one of the upcoming Lonely Planet titles The Africa Book and The Asia Book! (If your photo is commissioned for the books, you'll need to have a copy of it that is at least 300 dpi at print size approx 297mm x 210mm. You can post a smaller version for this competition - in fact, we prefer you do!). We will contact entrants regarding commissioning their images after the close of the competition.

Entries close 1st July 2006.

About the books: The Africa Book and The Asia Book are the new titles in Lonely Planet’s best-selling series featuring The Travel Book and The Cities Book. These large, hardback coffee-table books will delve into every country on the continent in depth with evocative and arresting images and imaginative text, and will also include thematic chapters about the continent as a whole.

If your photo is commissioned for the books, you'll need to have a copy of it that is at least 300 dpi at print size approx 297mm x 210mm. We will contact entrants regarding commissioning their images after the close of the competition.

Competition guidelines:
Welcome to the Lonely Planet Thorn Tree photo competition! The competition commences midday on 1st June (AEST) and closes at midday on 1st July 2006 (AEST). To enter, you must post a link to your photo entry in the photo competition thread on the Lonely Planet Thorn Tree Forum. Entry is free, but you can only enter one image in the competition. One winner, and 24 runners-up will be selected by a panel of judges, comprising Thorn Tree moderators and Lonely Planet staff. The winner will receive one copy of Lonely Planet's The Cities Book and a Lonely Planet guide book of their choice. Each runner-up will receive a Lonely Planet guide book of their choice. Prize winners will be notified by private message to their Thorn Tree account, and winning images will feature in an online image gallery on LonelyPlanet.com. All photos submitted must be the entrant's own work and must not infringe on any rights of third parties. Lonely Planet respects the privacy of others, and your personal information will only be used to tell you if you've won. See our privacy policy at www.lonelyplanet.com/privacy/

Para mais informaçãoes:

09 junho 2006

Momentos irrepetíveis e inesquecíveis!

Charlotte: "Let's never come here again because it will never be as much fun."
in Lost in Translation

Quem nunca o disse? Ou pelo menos quem nunca o pensou ou sentiu?

08 junho 2006

Lisboa em festa! :)

As marchas populares de Lisboa nasceram em 1932, concretizando uma ideia original de José Leitão de Barros – então director do Notícias Ilustrado, realizador de cinema, promotor cultural e homem próximo de António Ferro (responsável pela política cultural do Estado Novo) – como resposta a uma encomenda do director do Parque Mayer, Campos Figueira: era preciso criar em Junho desse ano um espectáculo capaz de mobilizar a atenção dos lisboetas.

O sucesso popular foi tal que o concurso haveria de regressar, agora em 1934. A autarquia chamou então a si a organização das marchas e integrou-as no que chamaria de Festas da Cidade. Doze bairros, cada um com uma marcha, saíram para a rua e desfilaram com música, traje e coreografia inspirados num tema que se pretendia que reconstituísse um uso ou costume local, entoando canções que recuperavam o cariz popular.

Em poucos anos, a cidade apropriou-se das marchas como símbolo de uma identidade perdida entre o rural e o urbano que, embora uma novidade enquanto celebração do santo popular de Lisboa, convivem e até potenciam a tradição dos arraiais e bailes populares.

Desde então, a autarquia lisboeta, agora em colaboração com a Egeac, tem sido responsável pela organização das festas tradicionais do mês de Junho.

Manifestação de unidade e identidade cultural, as Festas de Lisboa centram-se nos festejos dos Santos Populares – fiéis à sua vertente tradicional através das Marchas e Arraiais populares –, embora apostando também em novas experiências, redefinindo conceitos e espaços culturais, convocando para tal agentes culturais e todas as forças vivas da cidade, num movimento de rara dimensão.

As Festas de Lisboa estão classificadas, no site Local Festivities (site holandês independente que faz o ranking dos melhores festivais da Europa, segundo critérios de dimensão, continuidade, originalidade, capacidade de gestão das organizações e divertimento inerente ao evento), entre os 50 melhores festivais europeus, posicionando-se à frente de outras também importantes manifestações europeias, de que são exemplo a Feira de Abril em Sevilha ou as Festas de S. Isídro em Madrid.

Este ano, as Festas de Lisboa regressam ao coração da cidade: Castelo de São Jorge, Parque Mayer, Avenida da Liberdade e Cinema São Jorge serão palco de muitos e variados espectáculos. Durante todo o mês, a cidade estará animada pelos tradicionais arraiais e na Torre de Belém realizam-se em Julho duas grandes produções: Cesária Évora e o África Festival.

Participação Internacional – Itália
Espectáculo da festa tradicional "Gigli di Nola", Nápoles
Desfile no Rossio, 10 Junho, 21H "Abbattimento" do obelisco, 11 Junho

Festa dei Gigli (Nola, Itália)Associando-se às Festas Populares de Lisboa e inscrito no projecto "Festas em Trânsito" – que pretende dar a conhecer anualmente as festas religiosas mais importantes da Europa – terá lugar no dia 10 de Junho, pelas 21h00, na Praça do Rossio, a exibição de uma das manifestações culturais mais representativas da tradição italiana, relacionadas também com a vertente sagrada, e que decorrem em Itália no mês de Junho. Esta iniciativa decorrerá a partir do dia 5 de Junho, com a montagem artística de um obelisco de 25 metros de altura (em madeira e pasta de papel), estrutura que será lançada ao chão, num espectáculo impressionante, no dia 11 de Junho, após o desfile de 10 de Junho.

Este espectáculo foi produzido pela EGEAC, E. M. em parceria com Sete Sóis Sete Luas (Centro de Artes de Rua de Santa Maria da Feira), no âmbito do intercâmbio cultural realizado entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Município de Nola (Itália).

A "Festa dei Gigli" (lírios) celebra-se em Nola, a 22 de Junho. Se este dia não coincide com o domingo, os festejos são adiados para o domingo seguinte. Trata-se de um festejo no âmbito das celebrações de algumas divindades libertadoras. A divindade à qual o povo de Nola dedica esta festa desde o final do século V é S. Paulino.

A festa, mesmo na sua actual organização e com um cunho seguramente cristão, deixa transparecer origens bem mais remotas, ligadas aos ritos da fertilidade e das colheitas; motivos estes, comuns a numerosas civilizações, sejam mediterrâneas e ocidentais, ou de matriz nórdica.

Os Gigli
Inicialmente eram pequenos castelos, que se tornaram cada vez mais altos, adornados geralmente com flores. Até 1700 eram arrastados com cintos, mas foi-se sentindo a necessidade de elevar o Giglio, introduzindo-se as barras e os homens para o manter elevado. O uso da música aparece mais recentemente, embora existam já testemunhos do século passado.

Existem actualmente três "Botteghe" - Tudisco, Vecchione e Scotti – que levam adiante e tenazmente esta tradição originada em Nola, presumivelmente na época Barroca.

A festa dei Gigli pode ser repartida em diversas etapas, orgânicas e funcionais entre elas. A primeira fase inicia-se no momento em que, com disparos de morteiros, é anunciado à população que os novos Mestres de Festa se empenham oficialmente na construção dos Gigli para o ano seguinte, assumindo os encargos da despesa.

A segunda fase compreende o ritual da "mudança da Bandeira" entre o velho e o novo Mestre de festa, com uma cerimónia que permaneceu mais ou menos inalterável nos últimos dois séculos.

A terceira fase tem início no domingo anterior ao da "Festa", com o transporte dos "Gigli descobertos" (a única máquina em vigamento de madeiras, apenas ornada de bandeiras, algum feixe de flores e a imagem do Santo) dos locais de construção ao do "posicionamento" (junta às habitações dos respectivos Mestres de festa). Continua com o momento de "vestir" os Gigli , nos dias anteriores ao domingo da "Festa", vivendo-se o primeiro momento espectacular na noite de sábado, com a homenagem aos Gigli por parte dos comités e da exposição "na praça" dos Gigli, com música, cantos e performances de vários géneros. Esta fase continua a 22 de Junho, dia do Santo, com a procissão e os outros ritos religiosos, no qual participam os representantes das corporações, as autoridades civis e militares, o Bispo e diversas ordens religiosas. O "Clou" da Festa é o domingo de manhã: neste dia, de facto, as estruturas alinhadas, revestidas com baixos-relevos de massa de papel, são levadas em procissão para a Piazza Duomo para homenagear o Santo. Estas são carregadas aos ombros dos vários "Paranze" . De vez em quando, por mando peremptório, os Gigli são pousados no chão: esta paragem significa essencialmente uma homenagem a alguém, embora responda também à necessidade do embalador descansar para poder reorganizar a sua própria força.
Transportado cada Giglio até à praça, efectua-se então "ballata" (dança) ou "cullata" (embalamento), cujas notas são emitidas por tocadores sentados sobre o obelisco, enquanto se ouve a voz de um cantor. No final, o Bispo inicia a bênção.

A quarta fase da Festa, a menos religiosa, é fortemente caracterizada por comportamentos estranhos, de especial euforia: os Gigli dão a volta à cidade, segundo um percurso predefinido e praticamente inalterado desde o século XV. A Festa conclui-se com o regresso de cada um dos Giglio "a casa", à espera de serem transportados, no dia seguinte, para a Piazza Palazzo di Citta, pelas pessoas da Câmara Municipal, jovens, rapazes e velhos. Os Gigli permanecem nesta praça durante dois ou três dias, segundo um calendário de festejos fixado pela Autarquia.

07 junho 2006

Jesus na fogueira

Uma pergunta inquietante neste romance de Catherine Clément!

Um dia, numa cidade indiana, a narradora encontra um homem misterioso que decide contar-lhe a "verdadeira vida de Jesus". E se Cristo não tivesse morrido na cruz? Como conta a história mais conhecida de todos os tempos, sem que, logo à partida, desvendemos o seu fim?Catherine Clément consegue-o de uma maneira magistral, construindo, através da ficção, uma verdade romanesca que utiliza finamente os Evangelhos para melhor os contornar. Pormenor importante: sem ferir sensibilidades nem crenças – afirmando apenas que a literatura é um terreno de imaginação e liberdade.

Ontem tive a oportunidade de assistir ao lançamento do novo livro desta autora e de a conhcer pessoalmente! Pareceu-me uma mulher extraordinária, com imensa experiência de vida, com mil histórias para contar... o que eu adoro :)
E assim decidi tirar da prateleira um dos 3 livros que tenho da sua autoria. Tenho uma grande expectativa!

06 junho 2006

Visita do Papa a Auschwitz

Bento XVI:«Num lugar como este nem tenho palavras».

« Tomar a palavra neste lugar de horror, de acumular de crimes contra Deus e contra a humanidade que não têm comparação na história, é quase impossível – e é particularmente difícil e oprimente para um cristão, para um Papa que vem da Alemanha. Num local como este, as palavras não surgem, no fundo permanece um surpreendente silêncio – um silêncio que é um grito interno a Deus: Porquê, Senhor, permaneceste calado? Porque é que pudeste tolerar tudo isto? É nesta atitude de silêncio que nos inclinamos profundamente no nosso íntimo em frente à incontável linha de todos aqueles que aqui sofreram e que foram submetidos à morte; este silêncio, no entanto, torna-se numa demanda em alta voz de perdão e reconciliação; um grito a Deus vivo que não permita nunca mais semelhante coisa ».
Foi há pouco mais de uma semana, mas dá sempre que pensar!

04 junho 2006

Finalmente o 1º dia de praia!

O mar enrola na areia

O mar enrola na areia
ninguém sabe o que ele diz
bate na areia e desmaia
porque se sente feliz

Até o mar é casado, ó ai
até o mar tem filhinhos
é caso com a areia, ó ai
e os filhos são os peixinhos

O mar enrola na areia
ninguém sabe o que ele diz
bate na areia e desmaia
porque se sente feliz

Dizem que o mar é casado, ó ai
dizem que o amr tem mulher
é caso com a areia, ó ai
dá-lhe beijos quando quer

Esta era a minha canção de embalar quando eu ainda estava dentro da barriga e quando saí cá para fora! :) Os meus pais cantavam lindamente...hihihih
Conhecem? É bem gira! E as vossas quais eram?

03 junho 2006

A matemática dos encontros amorosos

A Matemática dos Encontros Amorosos

Cristina Palma Conceição (CIES-ISCTE ) e Fabio Chalub, (FCT - UNL)
Sábado, 03 de Junho de 2006 às 15:00
Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, Parque das Nações - Lisboa

A palestra se divide em duas partes. Na primeira, veremos como se constrói um modelo (baseado na teoria de jogos) do comportamento animal na busca de um parceiro sexual. Mostraremos como o comportamento de um lagarto relaciona-se com o jogo infantil "pedras-tesoura-papel", e como os conflitos entre o macho e a fêmea se transferem para o nível genético.

Na segunda parte, partindo da perspectiva da sociologia, procura-se ilustrar a dimensão sociocultural dos relacionamentos amorosos entre humanos. Mais especificamente, usando dados estatísticos acerca dos casamentos realizados em Portugal, é explorada a prevalência de uniões entre indivíduos com afinidades de classe social.

Que curiosinha... é para alargar os conhecimentos :)))

Sangue do Mundo

CATHERINE CLÉMENT, filósofa, ensaísta e romancista francesa, estará em Lisboa, no Instituto Franco-Português, para o lançamento do seu livro O Sangue do Mundo (ed. ASA), apresentado por António Carlos Carvalho, DIA 6 de JUNHO às 18h30 e também DIA 7 de JUNHO às 18h30, desta vez para participar num DEBATE em torno da PSICANÁLISE no qual participam igualmente Maria Belo, Fernando Belo e Ruy Pereira

LANÇAMENTO DO LIVRO O SANGUE DO MUNDO de CATHERINE CLÉMENT dia 6 de JUNHO às 18h30, no IFPA autora estará presente e a apresentação da obra está a cargo de António Carvalho.

O Sangue do Mundo retoma a vida de Théo Fournay, o adolescente de A Viagem de Théo (outro livro de Clément também editado pelas edições ASA) que acompanhava a sua tia Marthe numa fantástica e inesquecível viagem pelo mundo, durante a qual ele ia conhecendo de perto novas religiões e civilizações, permitindo-lhe melhor compreender as particularidades espirituais e culturais das duas "partes" do mundo: o Ocidente e o Oriente. Uma verdadeira viagem pelas correntes espirituais da humanidade.

Em O Sangue do Mundo, Théo tem agora 26 anos, é médico na ONG Médicos sem Fronteiras e dedica-se, para além disso, às questões ecológicas. Ele está a elaborar um projecto com vista à preservação do ambiente. Um dia recebe um telefonema da sua tia Marthe que se encontra muito doente na Índia. Théo vai ao seu encontro. Ambos partem então de novo numa espécie de "viagem de cura". A escolha do percurso cabe desta feita ao sobrinho. Ele traça-o tendo em conta as pesquisas que pretende abordar no seu relatório. A Terra está cansada neste Sangue do Mundo…

"Catherine Clément nasceu em 1939 e é autora de mais de trinta de livros. Após a publicação de uma exigente obra ligada à sua formação de filósofa e historiadora, converteu-se, com grande sucesso, à ficção. Entre os seus romances, publicados pela ASA, contam-se A Senhora, Por Amor da Índia, A Valsa Inacabada, A Rameira do Diabo, A Viagem de Théo, O Último Encontro e As Novas Bacantes. A sua obra está hoje traduzida para 24 línguas". (ed. ASA)

in http://www.ifp-lisboa.com/index.php

Para mais informações sobre a autora e os seus livros:
http://www.asa.pt/autores/autor.php?id_autor=640 e para aqueles que me conhecem... adivinhem os 3 da lista que constam nas minhas prateleiras ;)

01 junho 2006

Feliz Dia da Criança!


As Crianças

O que significa «acolher o reino de Deus como uma criança»?
Um dia, alguém levou crianças até Jesus para que ele as abençoasse. Os discípulos opuseram-se. Jesus indignou-se e disse-lhes para deixarem as crianças chegar até ele. Depois disse-lhes: «Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele» (Marcos 10,13-16).

É útil lembrar que, anteriormente, foi a estes mesmos discípulos que Jesus dissera: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus» (Marcos 4,11). Por causa do Reino de Deus, eles deixaram tudo para seguir Jesus. Procuram a presença de Deus, querem fazer parte do seu Reino. Mas eis que Jesus os adverte que, ao repelirem as crianças, estão justamente a fechar a única porta de entrada nesse Reino de Deus tão desejado!

Mas o que significa «acolher o reino de Deus como uma criança»? Normalmente interpreta-se como: «acolher o Reino de Deus como uma criança o faz». Isso corresponde a uma palavra de Jesus em Mateus: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu» (Mateus 18,3). Uma criança confia sem reflectir. Não pode viver sem confiar nos que estão à sua volta. A sua confiança não é uma virtude, é uma realidade vital. Para encontrar Deus, o melhor de que dispomos é o nosso coração de criança, que está aberto espontaneamente, ousa pedir com simplicidade, quer ser amado.

Outra interpretação possível é: «acolher o Reino de Deus como se acolhe uma criança». Pois o verbo «acolher» em geral tem o sentido concreto de «acolher alguém» (Marcos 9,37). Nesse caso, é ao acolhimento dado a uma criança que Jesus compara o acolhimento da presença de Deus. Há uma secreta conivência entre o reino de Deus e uma criança.

Acolher uma criança é acolher uma promessa. Uma criança cresce e desenvolve-se. É assim que o reino de Deus nunca é na terra uma realidade acabada, mas sim uma promessa, uma dinâmica e um crescimento inacabado. E as crianças são imprevisíveis. Neste relato do Evangelho, chegam quando chegam, e obviamente não chegam no momento certo, de acordo com os discípulos. Mas Jesus insiste que é necessário acolhê-las visto que estão lá. É assim que é necessário acolher a presença de Deus quando ela se apresenta, quer seja numa boa quer seja numa má altura. É necessário entrar no jogo. Acolher o Reino de Deus como se acolhe uma criança é manter-se atento e rezar para o acolher quando ele chega, sempre inesperadamente, a horas ou fora de horas.

Porque é que Jesus deu tanta atenção às crianças?
Um dia, os doze apóstolos discutiam para saberem quem era o maior (Marcos 9,33-37). Jesus, que adivinhou os seus pensamentos, disse-lhes uma palavra desconcertante que confunde e abala as suas categorias: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos».

A esta palavra, juntou o gesto. Foi buscar uma criança. Terá sido uma criança que encontrou abandonada na esquina de uma rua de Cafarnaúm? Trouxe-a, «colocou-a no meio» dessa reunião de futuros responsáveis pela Igreja e disse-lhes: «Quem receber um destes meninos em meu nome é a mim que recebe». Jesus identifica-se com o menino que acaba de receber nos braços. Afirma que é «um destes meninos» que melhor o representa, de tal forma que receber um menino desses é o mesmo que acolhê-lo a ele próprio, Cristo.

Pouco antes, Jesus tinha dito estas palavras enigmáticas: «O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens» (Marcos 9,31). «O Filho do Homem» é ele próprio e são simultaneamente todos os filhos dos homens, quer dizer todos os seres humanos. A palavra de Jesus pode compreender-se: «os seres humanos estão entregues ao poder dos seus semelhantes». É sobretudo quando Jesus é preso e mal tratado que se verificará, mais uma vez, que os homens fazem o que quer que seja aos seus semelhantes que estejam indefesos. Que Jesus se reconheça na criança que foi buscar já não é assim de espantar, pois, tantas vezes, também as crianças são entregues sem defesa àqueles que têm poder sobre elas.

Jesus deu particular atenção às crianças porque queria que os seus dessem uma atenção prioritária aos desprotegidos. Até ao fim dos tempos, serão os seus representantes na terra. O que lhes fizerem é a ele, Cristo, que o farão (Mateus 25,40). Os «mais pequenos dos seus irmãos», os que pouco contam e que são tratados de qualquer maneira, porque não têm poder nem prestígio, são o caminho, a passagem obrigatória, para viver em comunhão com ele.

Se Jesus pôs um menino no meio dos seus discípulos reunidos, foi também para que eles próprios aceitassem ser pequeninos. Explicou-lhes isso no seguinte ensinamento: «Seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa» (Marcos 9,41). Indo pelos caminhos para anunciar o Reino de Deus, os apóstolos também serão «entregues nas mãos dos homens»: Nunca saberão de antemão como irão ser acolhidos. Mas até para aqueles que os acolherem apenas com um simples copo de água fresca, mesmo sem os levarem a sério, os discípulos terão sido portadores de uma presença de Deus.

in Carta de Taizé: 2006/2