23 março 2007

Riso Yoga


Sabia que rir contribui para a saúde mental, cardiovascular e imunitária? Assistimos a uma aula de Riso Yoga e contamos-lhe como pode fazer do riso o seu exercício diário.
É uma técnica que combina os efeitos do yoga, a nível de respiração e concentração, com a sensação de bem-estar e energia emocional positiva que uma boa dose de riso provoca. Mas de que se ri, durante uma sessão de Riso Yoga? Em boa verdade… de nada.
O que começou na Índia em 1995, com um grupo de cinco pessoas a contar anedotas, tornou-se posteriormente uma técnica apurada, desenvolvida por Madan Kataria. O médico, inspirado por trabalhos científicos que evidenciavam os benefícios do riso no corpo e mente humanos, percebeu rapidamente que o sentido de humor não é uniforme e que o que faz uma pessoa rir pode deixar outra completamente indiferente. Kataria transformou assim o riso de emoção em técnica e concebeu o lema básico do Riso Yoga: “fingir o riso, até que ele se torne verdadeiro”.Rir sem motivo pode parecer artificial; na verdade, é uma engenhosa forma de enganar o cérebro, que não consegue distinguir entre os dois tipos de riso (“real” e “forçado”), produzindo poderosos químicos como resposta. As endorfinas, responsáveis pela sensação geral de bem-estar, não são sensíveis a piadas e desconhecem o sentido de humor.
Não é tanto que uma boa gargalhada proteja o coração, mas o stresse mental provoca uma disfunção no endotélio, a barreira protectora dos vasos sanguíneos.
A American Heart Association apresentou nas conclusões do seu 73º Encontro Científico que o riso é 40 por cento menos comum em doentes cardiovasculares, quando comparados com pessoas saudáveis da mesma idade. As vantagens de viver a vida com um sorriso estampado na cara não se ficam por aqui. Lee Berk é o director do Centro de Neuroimunologia na Universidade Loma Linda e uma das personalidades que mais se tem dedicado à recolha de testemunhos biológicos sobre o poder do riso. Para além de descobrir os efeitos sobre o sistema imunitário – rir aumenta o número das chamadas células assassinas NK, que combatem o cancro – o médico é uma espécie de “Patch Adams”, que prescreve o riso em áreas tão distintas como a infertilidade, as doenças cardiovasculares e a dor crónica. Certo é que a boa disposição ajuda a diminuir a hormona do stresse (cortisol) e a baixar os níveis de serotonina, que favorecem a depressão. Aos diabéticos, o riso provou ter a capacidade de baixar os níveis de açúcar no sangue.
Rir acompanhado também permite derrubar, de uma assentada, as barreiras instintivas entre as pessoas, e manter ao largo os conflitos – é difícil rir e discutir com alguém ao mesmo tempo.

http://www.performance.pt/html/saude_des.asp?id=235

Sem comentários: