Mostra Internacional de Teatro –MITE
Teatro Nacional D. Maria II
Itália
Il Lettore a Ore de José Sanchis Sinisterra
De 25 a 27 Jul 2006
Direcção Jose Sanchis Sinisterra
Teatro Metastasio Stabile de la Toscania, Prato, Florença
Actores: Maya Sansa, Gianluigi Tosto, Adriano Iurissevich
Teatro Nacional D. Maria II
Itália
Il Lettore a Ore de José Sanchis Sinisterra
De 25 a 27 Jul 2006
Direcção Jose Sanchis Sinisterra
Teatro Metastasio Stabile de la Toscania, Prato, Florença
Actores: Maya Sansa, Gianluigi Tosto, Adriano Iurissevich
Três personagens procuram-se e afastam-se numa ambígua geometria de disfarce e revelação, dependência, autonomia, domínio e submissão… em volta do ritual íntimo e misterioso da leitura.
Celso, um homem de negócios, rico e culto, proprietário de uma grande biblioteca, contrata Ismael à hora para ler romances à sua filha Lorena, que cegou aos sete anos sem causa aparente, provavelmente na sequência da morte da sua mãe. Desde essa altura, a jovem vive numa tensão emocional que a leva a fechar-se cada vez mais em si mesma.
No decurso das sessões diárias de leitura, as narrativas decorrem - – di Lampedusa, Conrad, Flaubert, Schnitzler, etc. – conduzidas pela voz de Ismael e atravessam a concha de Lorena. Alguma coisa começa a mover-se dentro dela e a desmontar a aparente rigidez do triângulo humano. É como se um pântano de água estagnada (a vida "real") fosse alterado e agitado pela inesperada irrupção de riachos (a vida "imaginária" dos romances).
De facto a acção dramática parece mover-se com o poder da leitura, e este é sem dúvida um dos temas centrais desta obra: moradas e paisagens onde nunca estivemos, seres diferentes e distantes, sensações alheias, sentimentos proibidos, vozes irreconhecíveis, palavras fulgurantes que nos revelam aquilo que sempre soubemos sem o saber… porque será que toda esta alteridade nos pertence tanto? O que será que faz e desfaz em nós o acto imperceptível da leitura? Como dilui e depois reconstrói os nossos contornos interiores, provavelmente devastados pela vida?
Celso, um homem de negócios, rico e culto, proprietário de uma grande biblioteca, contrata Ismael à hora para ler romances à sua filha Lorena, que cegou aos sete anos sem causa aparente, provavelmente na sequência da morte da sua mãe. Desde essa altura, a jovem vive numa tensão emocional que a leva a fechar-se cada vez mais em si mesma.
No decurso das sessões diárias de leitura, as narrativas decorrem - – di Lampedusa, Conrad, Flaubert, Schnitzler, etc. – conduzidas pela voz de Ismael e atravessam a concha de Lorena. Alguma coisa começa a mover-se dentro dela e a desmontar a aparente rigidez do triângulo humano. É como se um pântano de água estagnada (a vida "real") fosse alterado e agitado pela inesperada irrupção de riachos (a vida "imaginária" dos romances).
De facto a acção dramática parece mover-se com o poder da leitura, e este é sem dúvida um dos temas centrais desta obra: moradas e paisagens onde nunca estivemos, seres diferentes e distantes, sensações alheias, sentimentos proibidos, vozes irreconhecíveis, palavras fulgurantes que nos revelam aquilo que sempre soubemos sem o saber… porque será que toda esta alteridade nos pertence tanto? O que será que faz e desfaz em nós o acto imperceptível da leitura? Como dilui e depois reconstrói os nossos contornos interiores, provavelmente devastados pela vida?
2 comentários:
http://www.gianluigitosto.it/home.htm
http://www.scanner.it/live/sinisterra3336.php
Grandes actores! Fascinante enredo! Sorte a tua! :)
s.
Foi lindoooooooooooooo!
Kiko e Lore...não era para dormir! Muito menos para roncar!!! ;)
k.
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